Um grupo com cerca de 50 faiscadores(as) de Rio Doce esteve reunido para discutir a criação de uma associação de faiscadores do município. O encontro, que ocorreu na Escola Estadual Maria Amélia, na noite da última terça-feira (17), tinha como objetivo explicar sobre o que é uma associação, o modo de criá-la e como pode ajudar a comunidade tradicional.
Foto: PH Reinaux/Centro Rosa Fortini
O momento foi aberto com um breve discurso de Antônio Áureo, faiscador e membro da Comissão de Atingidos. Ele fez um resgate da história de faiscadores importantes para o município e explicou a importância dessas memórias serem passadas aos descendentes das famílias locais e ainda explicou o objetivo geral da reunião: a auto-organização de faiscadores(as) de Rio Doce.
Vanilda Aparecida de Castro, faiscadora e pescadora tradicional, revela suas expectativas com a criação da associação. Ela deseja que paralela a organização da comunidade, a associação possa fomentar projetos que possam beneficiar o coletivo de faiscação: “O meu objetivo no futuro, é que a gente consiga uma atividade que nos ajude a complementar nossa renda, pelo fato que não podemos mais faiscar no rio, por causa da contaminação. Meu sonho é que através da associação possamos trazer benefícios coletivos para nossa comunidade”, revela.
Vanilda Aparecida de Castro, faiscadora e pescadora tradicional. Foto: PH Reinaux/Centro Rosa Fortini
As principais dúvidas do grupo eram em relação ao limite de membros de uma associação, como torná-la ativa e quais os benefícios de ser associado. O Centro Rosa Fortini participou da reunião prestando informações e assessorando o grupo acerca das normas e procedimentos necessários para constituir a associação.
Assembleia
Após discutir sobre o tema, o grupo decidiu que em janeiro de 2025 será realizada uma convocação pública para convidar toda a comunidade faiscadora de Rio Doce para participar de uma assembleia que criará a associação. Será nesse momento que o grupo decidirá quais regras deverão ser colocadas no estatuto dos associados e organizar uma chapa para gerir a associação.
Foto: PH Reinaux/Centro Rosa Fortini
Texto: Mariana Duarte (Comunicação Centro Rosa Fortini)