Publicado em: 12/12/2019
Membros das Comissões de Atingidos de Rio Doce e de Santa Cruz do Escalvado/Chopotó, e assessores técnicos do Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini, participaram de uma reunião, no dia 10 de dezembro, com integrantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O objetivo foi esclarecer dúvidas sobre o trabalho desempenhado no Território, conhecer as etapas realizadas e a programação para 2020. A FGV é contratada pelo Ministério Público Federal para realizar diagnóstico, avaliação dos impactos e valoração dos danos socioeconômicos causados nas comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão.
A avaliação socioeconômica em toda Bacia do Rio Doce será realizada observando-se os casos peculiares de cada Território e será fundamental para que os atingidos alcancem reparações mais justas. O diagnóstico da Fundação conta com o apoio das Comissões de Atingidos, das assessorias técnicas e demais instituições e atores sociais locais.
A FGV iniciou seus trabalhos no Território em abril, quando houve a primeira reunião com as Comissões de Atingidos. Nos meses de julho e agosto foram realizadas Rodas de Diálogos e Oficinas de Direitos Humanos, a fim de capacitar os atingidos sobre seus direitos básicos e levantar informações a partir do compartilhamento de conhecimentos e experiências de vida, antes e após o rompimento. Em outubro, a FGV deu início às oficinas para construção da Matriz de Danos.
No período de dezembro a janeiro, a equipe da FGV sistematizará as informações já coletadas no Território e fará análise do trabalho realizado até o momento. Foram ministradas oficinas com a participação de 422 pessoas, em 12 Núcleos de Bases (Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce). Em fevereiro, as oficinas para construção da Matriz de Danos terão continuidade em outros Núcleos de Base de Rio Doce (Delegacia, João Galinari, Cruzeiro, Linha, Principal) e de Santa Cruz do Escalvado (Nova Soberbo e Florestinha) e Chopotó/Ponte Nova.
A apresentação dos trabalhos da Fundação foi feita pelos pesquisadores: Maria Letícia de Alvarenga Carvalho, Haydée Frota, Cíntia Messias Dall Agnol e Luiz Pedro Moreira. Há previsão para apresentação dos resultados finais dos estudos é abril de 2020.
Cíntia, pesquisadora da FGV
Maria Letícia, pesquisadora da FGV