Renova reduz participação nas reuniões do Comitê Interfederativo

Publicado em: 29/11/2019

Nos dias 18 e 19 de novembro, foi realizada a 43ª Reunião Ordinária do Comitê Interfederativo (CIF), em Belo Horizonte. No primeiro dia de reunião, foi apresentado  um ofício da Fundação Renova informando que os gerentes dos programas não participarão das reuniões do CIF, apenas os membros do setor Jurídico e da Governança. A Instituição alegou que os gerentes estão sentindo ameaçados e constrangidos com as falas dos atingidos, considerando-as ofensivas. A Renova afirmou ainda no ofício que, ao final da última reunião do CIF, houve tentativa de impedir alguns de seus representantes de sair do local.

Os fatos não foram comprovados por outros membros do CIF. A maioria dos presentes disse não ter presenciado este comportamento dos atingidos e que os membros da Fundação Renova saíram normalmente ao final da reunião. “A Fundação Renova deve contratar funcionários preparados para lidar com conflitos, pois é natural que após quatro anos de desgastes e pouquíssimas soluções, eles tenham o direito de cobrar ações mais efetivas”, disse um dos membros do CIF, representante da Defensoria Pública/MG.

Uma reunião será agendada com representantes da União, Procuradorias dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Govenadores e signatários do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) e TAC Gov, a fim de cobrar atuação e reavaliação de todo Sistema de Governança da Fundação Renova. Alguns membros do CIF disseram que há uma tentativa por parte da Fundação Renova de esvaziamento e desvalorização das reuniões do CIF, à medida que aumentam as cobranças por ações mais efetivas, que a Instituição parte para judicializar as demandas e não cumpre as deliberações do Comitê.

Alto custo para construção de casas

Em outro momento da reunião, durante apresentação da Câmara Técnica de Reconstrução e Recuperação de Infraestrutura (CT Infra), foi informado que a Renova apresentou o custo com a infraestrutura das casas de Mariana no valor unitário de R$ 4,5 milhões. A notícia deixou a maioria dos membros perplexa.

Reuniões para definir ações prioritárias

Também foi informado que os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo realizarão reunião com o Juiz da 12ª Vara da Justiça Federal, representantes da Renova e empresas, para definirem eixos prioritários e prazos de execuções. Ainda está prevista uma audiência para o dia 12 de dezembro com o objetivo de homologar ações de reassentamento, infraestrutura e obras de manejo de rejeito em Candonga.

 


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