Ficou agendada para o início de agosto, em Ponte Nova, a realização do Seminário Regional da Saúde pelo GT Regional (Grupo Técnico Regional). Durante este Seminário, os municípios atingidos terão a oportunidade de esclarecer dúvidas em relação à elaboração dos Planos de Ações Municipais de Saúde.
Após a realização do Seminário Regional em Ponte Nova, haverá um Seminário Final em Mariana, onde os Planos de Ações Municipais de Saúde de todos os municípios atingidos serão discutidos em conjunto. Os Planos de Ações Municipais de Saúde, construídos pelos municípios, irão subsidiar a construção do Subprograma 2- Apoio e Fortalecimento do SUS. Este é um dos eixos do Programa de Apoio à Saúde Física e Mental da População Impactada, PG 14, elaborado pela Fundação Renova.
Durante a reunião do GT Regional, no dia 01 de julho, Carlos Eduardo Silva, coordenador do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde, ressaltou a importância do envolvimento do município de Ponte Nova no processo, não somente pela localidade rural do Simplício que foi atingida, mas por ser referência macrorregional na Saúde. Os hospitais de Ponte Nova atendem demandas de alta complexidade das microrregiões próximas, inclusive Mariana, e as demandas em saúde mental também são atendidas no Município.
O estudo de Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH) – Subprograma 02 do PG 14- foi realizado pela Ambios (Laboratório Ambiental) nos municípios de Mariana, Barra Longa e Linhares (ES), provavelmente, a segunda etapa do trabalho acontecerá em Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado. O estudo busca entender não apenas as contaminações na água para consumo humano, mas também outras matrizes ambientais, como solo, poeira, sedimento e água bruta. Em uma das etapas do estudo, a Ambios realiza rodas de conversas, entrevistas e levantamento das preocupações da população com a Saúde.
Também foi informado, durante a última reunião do GT Regional, que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) está elaborando edital para contratação de empresa em linhas de pesquisas (Estudo Toxicológico e Epidemiológico).
Participaram da reunião do GT Regional, a coordenadora social e de saúde do Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini, Grasiele Costa dos Santos Fortini; as psicólogas e assessoras técnicas Nívia Guimarães Gomes Castro e Thaliana Piovezana Lizardo; Antônio Áureo do Carmo, representante da Comissão de Atingidos de Rio Doce; Bárbara Aparecida de Almeida, representante da Comissão de Atingidos de Santa Cruz do Escalvado; Rodrigo de Souza Leite, secretário municipal de Saúde de Rio Doce; Além de outros representantes municipais.
CT Saúde
Já na reunião da Câmara Técnica de Saúde (CT Saúde), nos dias 03 e 04 de julho, em Ipatinga, o Grupo de Trabalho da Água (GT Água) definiu que o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água para Consumo Humano (PMQACH) deverá atualizar planilha com alteração dos pontos de monitoramento; elaborar documento com metodologia para os municípios analisarem os seus dados de monitoramento; reunir com a Câmara Técnica de Comunicação, Participação, Diálogo e Controle Social para elaborar estratégias de divulgação dos resultados com descrição do fluxo de informações; e divulgar os boletins de qualidade da água para consumo humano nos sites da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES).
Representantes dos atingidos solicitaram a inclusão de novos pontos de coleta de água para monitoramento no Território. O Centro Rosa Fortini encaminhará um ofício formalizando a inclusão de outros pontos para a GT Regional. O documento será encaminhado para o GT Água e depois para a CT Saúde para aprovação.
Na reunião do Grupo de Trabalho Manejo de Rejeitos e Recuperação Ambiental, realizada no mês de junho, a qual contou com a participação de um membro da CT Saúde, discutiu-se também sobre a retirada ou não do rejeito de algumas áreas, em especial das margens dos rios. De acordo com representante do Ministério da Saúde na CT Saúde, o debate concentrou-se em questões ambientais, sendo necessário pensar nas pessoas que vivem nas áreas em que o rejeito está presente. Desde modo, foi sugerida a elaboração de uma cartilha para expor todas as implicações ambientais e os riscos à saúde humana, associados ao rejeito.