Comissões defendem biodiversidade do Território

Publicado em: 29/06/2019

Reunião da Camara Técnica de Biodiversidade
Representantes dos atingidos do Território participaram das reuniões da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade (CT- Bio) e do Grupo do Trabalho da Pesca (GT Pesca) no mês de junho.
 
Durante as reuniões, a maioria dos membros demonstrou muita insatisfação em relação à Nota Técnica Nº 08 da Anvisa e a publicação da Fundação Renova sobre o assunto. Os membros lembraram que antes de qualquer publicação a Nota Técnica deveria ser discutida entre o GT Pesca e a CT-Bio.
 
Neste dia, foi criado um grupo de trabalho para analisar a qualidade das atividades da empresa Bicho do Mato, contratada pela Fundação Renova. Esta empresa trabalha com os animais ameaçados de extinção nas áreas impactadas.
 
Também ficou definido que o Instituto Estadual de Florestas (IEF) apresentará, na próxima reunião da CT-Bio, a lista das Unidades de Conservação dos municípios atingidos. Esta lista será inserida em Nota Técnica e encaminhada ao CIF.
 
Os representantes dos atingidos ressaltaram a importância de considerar as particularidades da Ictiofauna (conjunto das espécies de peixes de uma região) ao longo da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, visto que cada território tem suas características. Também demonstraram preocupação com o lago da UHE Risoleta Neves (Candonga) onde está depositada a maior parte do rejeito e outros materiais. Eles afirmaram que a liberação da pesca e o possível enchimento do lago podem gerar consequências à saúde dos pescadores e consumidores.
 
Os representantes dos atingidos também perguntaram se os tributários do Território de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado serão monitorados pelo Programa de Monitoramento Quali-quantitativo Sistemático de Água e Sedimentos- PMQQS, visto que estes são fundamentais para desenvolvimento das atividades econômicas/pesqueiras e recuperação do rio Doce.
 
Representantes da Fundação Renova explicaram que o monitoramento está sendo feito nos tributários que correspondem no mínimo 10% da vazão do rio Doce. Ainda, de acordo com eles, os atingidos terão participação (espaço) nos fóruns para revisão do PMQQS, inclusive poderão indicar locais de monitoramento dos tributários do Território.
 
Participaram destas reuniões, Márcio Lazarini, membro da Comissão de Atingido de Rio Doce, Sebastião Geraldo da Silva, membro da Comissão de Atingidos de Santa Cruz do Escalvado, e Moisés Miguel Estevam Santos, assessor técnico do Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini.

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