Atualizado às 16:45, em 10/09/2025
Na tarde desta terça-feira (9), o Centro Rosa Fortini deu início a nova rodada de reuniões com as mulheres atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. Os encontros tiveram início pela Comunidade Santana do Deserto e tem como objetivo ouvir as atingidas para, de forma coletiva, responder às perguntas enviadas pelas Instituições de Justiça (IJs) sobre a utilização do recurso de R$ 1 bilhão previsto para o Programa de Mulheres da Bacia do Rio Doce.

Nesta etapa, há uma novidade importante: foram criados mais pontos de encontro. As atividades vão reunir moradoras de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Chopotó. Ao todo estão previstas mais de 20 reuniões. A proposta é facilitar o acesso das mulheres, ampliar a participação e garantir um espaço real de diálogo. Com a descentralização, será possível acolher um número maior de mulheres atingidas, aproximando o debate das comunidades.
As reuniões têm caráter participativo. Cada encontro é pensado como um espaço de escuta, onde as mulheres podem trazer ideias e sugestões sobre a destinação do recurso para o Programa das Mulheres, previsto no Acordo de Repactuação de Mariana.
A Assessoria Técnica Independente (ATI) Rosa Fortini teve iniciativa de reunir mulheres atingidas para discutir coletivamente como esse recurso deve ser utilizado, a fim de coletivizar o debate e encaminhar para as IJs o que as mulheres do território entendem como justo.
Presença
Durante as reuniões, será feito apenas o registro de presença. As participantes precisarão informar apenas nome completo, telefone e nome da comunidade onde residem. Não será necessário apresentar CPF, RG ou comprovantes de residência.
A expectativa é que esta nova rodada fortaleça ainda mais o movimento das mulheres atingidas e amplie a participação. O cronograma das reuniões foi construído em diálogo com as próprias comunidades, respeitando demandas e sugestões levantadas nos territórios.
| Cuidado com as Fake News! |
| Muitas notícias falsas têm circulado a respeito do Programa para Mulheres e é por isso que a ATI Centro Rosa Fortini destaca que o Programa ainda está em fase de elaboração pelas IJs. Até o momento, não existe definição sobre como ele funcionará e como o valor de R$1 bi será distribuído. Portanto, fica o alerta a todas as mulheres atingidas para que não compartilhem documentos pessoais como Identidade, CPF, comprovante de endereço e, principalmente, não assinem procurações sem antes confirmar a legitimidade da solicitação. Afinal, uma procuração pode dar poder para que outra pessoa tome decisões em seu nome. Lembrando que nas reuniões promovidas pelo Centro Rosa Fortini, o único registro solicitado é de presença, contendo apenas: nome, telefone de contato e nome da sua comunidade. |
As datas, horários e locais dos encontros já estão disponíveis nos cards de divulgação (abaixo):
RIO DOCE




SANTA CRUZ DO ESCALVADO E CHOPOTÓ




Texto: Mariana Duarte com apoio de Thalita de Oliveira (Equipe de Comunicação do Centro Rosa Fortini)



