Na noite de 12 de novembro, produtores e produtoras de Rio Doce e Chopotó se reuniram no escritório do Centro Rosa Fortini para dialogar sobre as oportunidades previstas no Novo Acordo de Rio Doce. Os assessores técnicos da ATI apresentaram os anexos 5, 12 e 15, explicando como cada um deles possibilita a criação de projetos voltados à retomada econômica dos municípios atingidos.

Programa federal de R$ 6,5 bilhões
Para que os produtores tenham mais conhecimento dos valores destinados ao Acordo, a técnica Raíssa Santos apresentou as ações previstas para retomada econômica, que será gerido pelo Governo Federal com recursos totais de R$ 6,5 bilhões. Ele está estruturado em três eixos: Produtivo; Rural e Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação.
A pauta se concentrou no Eixo Rural, que contempla agricultores familiares, produtores rurais, assentados da reforma agrária, quilombolas, silvicultores e extrativistas. Entre as ações previstas estão:
produção de alimentos saudáveis;
- crédito e regularização fundiária;
- incentivo à educação no campo e ações culturais;
- assessoramento técnico e desenvolvimento territorial;
- quitação do PRONAF para produtores inadimplente.
O objetivo deste Anexo é revitalizar, reestruturar e impulsionar atividades produtivas sustentáveis nos municípios atingidos. Na oportunidade, Raíssa apontou quais são os projeto prioritários definidos pelo governo até o ano que vem, que impactam o território, como mostra o quadro abaixo:

R$14 bi para iniciativas estaduais
Rafael Viana, assessor jurídico da ATI, detalhou ações previstas pelos para o governo estadual, cujos repasses somam R$14 bi, para serem usado, dentre outras áreas com:
- oferta de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), que incluem tecnologias, gestão, planejamento e capacitação para aprimorar a produção;
- criação de um fundo de crédito para recuperação econômica de empresas de diferentes portes;
- oferta de cursos de qualificação profissional.

Fortalecimento coletivo como tema central do debate
Um dos pontos principais levantados pelo consultor jurídico Wellington de Almeida, na reunião, foi a importância do associativismo e do cooperativismo como caminhos para fortalecer a organização social e ampliar o impacto das iniciativas econômicas.

O encontro gerou ideias para criação de cooperativa local e estimulou a realização de novos encontros para amadurecimento das propostas. Outras ações sobre pesca e produção também foram levantadas para novas discussões.
A reunião detalhou quais iniciativas podem ser desenvolvidas no território, com foco na construção de propostas coletivas e sustentáveis. A discussão reforçou a importância da reparação, da garantia de direitos e da implementação de ações que fortaleçam o desenvolvimento a longo prazo.
Para a equipe da Rosa Fortini, José Maurício Pereira, de Rio Doce, apontou que o associativismo e o cooperativismo são caminhos para trazer um avanço econômico para a região como um todo, valorizando o coletivo. “Eu acho que essa reunião foi muito boa para nós, para fomentar o associativismo e o cooperativismo. Nesse sentido, podemos nos unir para reivindicar e trazer para nossa região ações substanciais, algo que venha atender a comunidade como um todo: produtores rurais, pescadores e faiscadores. O nosso propósito é trazer melhorias”, concluiu.
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Texto: Thalita de Oliveira (Ascom Rosa Fortini)



