Comunidades de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Chopotó escolhem seus representantes para o Conselho Federal de Participação Social

Na noite de terça-feira (1º), os nomes de Maria da Penha Rocha (da Comunidade Porto Plácido, Santa Cruz do Escalvado) e José Márcio Lazarini (de Rio Doce) foram escolhidos como titular e suplente, respectivamente, do território de Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Chopotó no Conselho Federal de Participação Social. O mandato é de dois anos. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada com representantes da Secretaria Geral da Presidência da República, no Espaço Candonga, no Centro de Rio Doce. O momento contou com suporte técnico e apoio do Centro Rosa Fortini.

Maria da Penha Rocha e José Márcio Lazarini ao lado do representante da Sec. Geral da Presidência da República. Foto: Mariana Duarte/ASCOM Rosa Fortini.

A escolha foi feita de forma coletiva entre os membros das duas comissões locais territoriais de atingidos, que, junto com outras pessoas atingidas presentes, se reuniram para conhecerem como será a estrutura e as funções do Conselho. Essa instância, prevista no Acordo de Repactuação, será responsável por deliberar sobre a aplicação dos recursos de R$5 bilhões do Fundo de Participação Social, ao longo de 20 anos. 

Foto: Mariana Duarte/ ASCOM Rosa Fortini

Presença estratégica

Com a  escolha dos representantes, as comunidades reforçam sua presença nesse espaço estratégico, levando para o governo federal as pautas locais e da bacia do Rio Doce, além das prioridades  de quem ainda luta por reparação após quase 10 anos do rompimento da barragem de Fundão.

Para Maria da Penha, ter sido eleita é uma honra. “Eu sei o que estou assumindo. A luta não para, a luta continua, tinha que continuar. Eu me sinto honrada e sei que sou capaz de fazer o melhor pelo nosso território e buscar todos os nossos direitos”, afirmou.

José Márcio, que foi eleito suplente, recorda a luta da bacia do Rio Doce para que houvesse maior participação social nesse processo. “A importância de hoje é que demos um passo enorme, porque nós não éramos reconhecidos na repactuação para esse conselho. […] Nós lutamos na bacia inteira para aumentar a participação”, explicou.

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