Resistentes no processo de luta, atingidos dos municípios de Santa Cruz do Escalvado/Chopotó e de Rio Doce relembraram o dia 05 de novembro de 2015 reunidos em um ponto da BR 120. Ali, eles clamaram por justiça e deram maior visibilidade à triste realidade do Território, onde a Fundação Renova acumula gastos exorbitantes e novos impactos ambientais e sociais.
Às 16h45, do último dia 05, horário do rompimento da barragem do Fundão (Samarco) em 2015, uma sirene tocou para frisar o momento em que 19 pessoas perderam a vida e milhares perderam os rios do Carmo e Doce, fontes de subsistência, lazer e turismo para as famílias.
Representando as Comissões de Atingidos do Território, Antônio Carlos da Silva e Ronaldo Adriano de Sousa, enalteceram a importância de somar esforços de toda comunidade e de encontrar alternativas em busca de um futuro promissor para os municípios, tão castigados pelo maior desastre ambiental da história do país.
A falta de compromisso das mineradoras Samarco, Vale, BHP Billiton, e a atuação descompassada Fundação Renova foram assuntos também destacados pelos atingidos. A Fundação Renova foi constituída para reparar danos sociais e ambientais, mas vem postergando suas ações, negando direitos, tentando invisibilizar impactos e buscando ganhar tempo a favor das mineradoras.
As atividades da programação do Ato 2019, em memória aos 4 anos do rompimento da barragem de Fundão (Samarco), ocorridas do dia 31 de outubro à 06 de novembro, foram realizadas com estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, servidores públicos e comunidade atingida dos municípios de Rio Doce e de Santa Cruz do Escalvado. O Ato foi organizado pelas Comissões de Atingidos e pelo Centro Alternativo de Formação Popular Rosa Fortini.
Os estudantes assistiram ao filme “Narradores de Javé” com amplo debate sobre as questões que envolvem instalações de barragens e hidrelétricas e seus potenciais riscos à população. No período da tarde, do dia 04 de novembro, houve o Seminário para profissionais liberais, funcionários públicos e demais interessados, com o objetivo de ampliar o debate e esclarecimentos sobre os âmbitos jurídico, social e ambiental da luta dos atingidos do Território.
O Seminário foi mediado por Nilce Cerqueira (Assessora pedagógica do Centro Rosa Fortini) e contou com a presença dos seguintes palestrantes: professor Luiz Fontes (área ambiental); Grasiele Fortini, coordenadora social do Centro Rosa Fortini; e Domingos Araújo, coordenador jurídico do Centro Rosa Fortini. Eles deram um panorama sobre a situação atual das ações realizadas no Território. Além do público, o evento contou com a presença de representantes das Comissões dos Atingidos e da Fundação Getúlio Vargas.
Na área social, Grasiele explanou sobre o conceito da palavra atingido, os preconceitos enfrentados por eles no cotidiano das cidades e questões sociais surgidas após o desastre. Professor Luiz Fontes apresentou estudos sobre os impactos ambientais e o reflexo destes na vida das pessoas. Domingos Araújo demonstrou como o setor jurídico tem atuado na luta pelos direitos dos atingidos frente ao Sistema de Governança constituído após o rompimento da barragem de Fundão (Samarco).
Finalizando o Seminário, a mediadora Nilce Cerqueira ponderou a necessidade de unir forças num trabalho coletivo, de responsabilidade, para que os atingidos se sintam acolhidos, respeitados e incentivados a continuarem na luta pelos seus direitos.
Ainda no dia 04 de novembro, à noite, houve exibição do filme “O amigo do Rei”, em praça pública, nos municípios de Rio Doce e de Santa Cruz do Escalvado. Durante a sessão voltada para adultos, um espaço de brinquedoteca foi organizado para acolher as crianças.
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