Oficina define planos para identificar e solucionar impactos na saúde em municípios atingidos

Publicado em: 04/10/2018

A oficina reuniu 54 pessoas de diversos municípios atingidos (Centro Rosa Fortini/Divulgação)

Oficina realizada no município de Rio Doce definiu e elaborou planos de ação na área da saúde para os municípíos atingidos pelo crime ambiental da Samarco. Estiveram presentes 54 pessoas dos municípios de Mariana, Barra Longa, Linhares e Valadares, além de Comissões de Atingidos e Assessoria Técnica das respectivas áreas e representantes da cidade-sede do evento, assim como seu prefeito Silvério da Luz.

O encontro ocorreu no Centro de Múltiplo Uso Madalena Martins Lima na terça-feira (2), e contou com as falas do prefeito, além da apresentação do subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Minas, Rodrigo Said, que abordou os programas de Saúde relacionados no termo de transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), celebrado entre União, os Estados de Minas Gerais e Espírito Santos e as empresas.

O documento visa a recuperação, mitigação, remediação e reparação de danos, e foi firmado em março de 2016, com a homologação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC-GOV) no dia 8 de agosto deste ano, no qual está prevista a instalação de dispositivos com o objetivo realizar a revisão dos Programas do TTAC.

Entre os pontos presentes no termo, está o Programa de Atenção Integral, Promoção, Proteção e Reabilitação da Saúde da população atingida direta e indiretamente, que prevê:

 
Portanto, as comissões de atingidos, assessorias técnicas, poder público poderão identificar, descrever e priorizar as necessidades sociais de saúde; observando as respectivas questões:
A partir destas questões, decisões poderão ser encaminhadas, com base nas estratégias de indivíduo, tempo e lugar, identificando as alterações que ocorreram na vida da população do território.
 
Dando continuidade à dinâmica, foi realizado um trabalho de grupo com objetivo de traçar um esboço do Plano de Ação para os municípios atingidos.
 
Diagnóstico
 
O diagnóstico situacional de saúde reunirá as informações necessárias para que a rede local de saúde posso planejar, programar, avaliar e executar ações de saúde necessárias em decorrência dos impactos advindos do rompimento da barragem de Fundão.
 
Para a construção do Diagnóstico Situacional de Saúde, um conjunto de informações são necessárias, tais como: 
 
  • Perfil sócio, econômico e demográfico do território;
  • Perfil epidemiológico da população;
  • Estrutura de saúde existente;
  • Diagnóstico da situação de saúde.

Para realizar o diagnóstico, foram definidas três fases:

1. Levantamento de Dados

O primeiro passo será realizar o levantamento de dados. Essas informações devem ser levantadas a partir dos sistemas de informação do SUS e outros, tal como o IBGE. Os dados deverão ser organizados seguindo os perfis - territorial e ambiental, demográfico, sócio-econômico, epidemiológico e assistencial, considerando a região ou macrorregião.

As informações primárias serão obtidas a partir de entrevistas com informantes chaves – pessoas da região que têm informações e podem contribuir para o diagnóstico.

Ainda sobre esta fase, ficaram definidas ações:

  • Significado e objetivo do diagnóstico situacional;
  • Roteiro para o diagnóstico situacional, incluindo os aspectos territorial-ambiental, demográfico, sócio-econômico-cultural, epidemiológico, de serviços e atendimentos, perfil institucional;
  • Metodologia e instrumentos para cada etapa;
  • Importância do diagnóstico situacional para a programação das ações
  • Definir os responsáveis e o cronograma de cada etapa.
  • Realizar o levantamento de todos os dados existentes.
  • Realizar a articulação com a Unidades Regional de Saúde de referência: rede micro e macrorregional, suporte e retaguarda especializada disponível e/ou utilizada.

2. Análise e apresentação dos dados

3. Plano de Ação 


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